Alunos da Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve voluntariam-se para auxiliar instituições sociais

 

 

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Na sequência da crescente propagação da COVID 19, os equipamentos sociais de cariz residencial têm vindo a indicar dificuldades para garantir a contínua prestação de serviços, devido à escassez de profissionais. Neste sentido, um grupo de 30 estudantes da Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve vai integrar uma bolsa de voluntários que irá garantir que a missão de prestação de cuidados essenciais à população se mantenha assegurada.

Estes estudantes frequentam os cursos de licenciatura em Ortoprotesia; Imagem Médica e Radioterapia; Enfermagem; Dietética e Nutrição; e Farmácia.

O repto foi lançado pelo Instituto da Segurança Social - Centro Distrital de Faro e o número de voluntários da UAlg continua a crescer. Irão prestar auxílio a favor dos que mais necessitam nas instituições onde não se registem casos positivos ou suspeitos de COVID 19.

A medida de apoio ao reforço de emergência de equipamentos sociais e de saúde, de natureza temporária e excecional, para assegurar a resposta das instituições públicas e do setor solidário, com atividade na área social e da saúde, durante a pandemia da doença COVID-19, veio introduzir um regime extraordinário de majoração das bolsas mensais do «Contrato emprego-inserção» (CEI) e do «Contrato emprego-inserção » (CEI ) em projetos realizados nestas instituições, nos termos previsto na Portaria n.º 82-C/2020, de 31 de março. Neste contexto, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) é que medeia o processo.

André Nunes, estudante da licenciatura em Farmácia, decidiu integrar esta bolsa de voluntários porque pretende contribuir com algo útil para a sociedade. “Creio que ajudar os que mais precisam ou os mais idosos faça parte de um dever cívico que todos devemos de ter.” André refere ainda que terá “todo o prazer em ajudar, sempre que possa e sempre que seja necessário.”

Face à situação atual, também Inês Vieira decidiu responder logo ao desafio porque considera que “é uma questão de humanidade, à qual não podemos estar alheios”.Para esta estudante de Enfermagem “em tempos de crise toda a sociedade deve assumir um compromisso com a solidariedade”. Inês encara como “uma necessidade a sua contribuição para que se mantenham assegurados os cuidados essenciais à população residente em equipamentos sociais”.

Para Maria Fonseca ser aluna da Escola Superior de Saúde da UAlg traz-lhe um dever acrescido: “se estamos na área da Saúde é porque pretendemos ajudar os outros em tudo o que nos for possível”. Estudante do curso de Ciências Biomédicas Laboratoriais, decidiu integrar esta bolsa de voluntários porque acha que “face à situação em que nos encontramos, todos devemos prestar auxílio da forma que conseguirmos”. Num momento particularmente difícil, considera que “toda a ajuda é bem-vinda e que todos devemos ajudar de alguma forma”. Maria sente-se motivada para abraçar este desafio, mas com um sabor amargo. “É gratificante saber que posso fazer algo por quem mais precisa neste momento, sinto-me menos inútil, porém não posso dizer que me sinto feliz devido ao que se está a passar ao nosso redor!”

O que move estes voluntários? Todos são a unânimes a responder: “a solidariedade e a missão de proteger a população mais vulnerável”.